Chata para Comer: a saga do paladar infantil mundo afora

Viagens são um grande desafio para quem é chato pra comer, como eu. Será que dá pra arriscar destinos de culinária diferente?

Desde criança que sou assim: não gosto disso, não como aquilo. Minha avó tem até um jeitinho de imitar como eu falava arrastado quando criança: “eu não goooosto”, era o que eu sempre respondia quando algo diferente surgia nas refeições.

Mas foi minha amiga Dani que me rotulou de forma mais precisa: chata para comer. Dani teve um incentivo da Martha Medeiros, que tem uma crônica que me define bem. 

Martha, de quem, aliás, sou super fã, tem uma amiga que nem eu: tira o pimentão do vinagrete, pede sanduíche sem molho e estraga praticamente qualquer receita, ignorando as horas que o chef tenha levado para encontrar a combinação perfeita de ingredientes.

 E, para complicar as coisas, essa chata que vos escreve, ama viajar. 

Provando comidas no México: comi o frango, separando essa coisa rosa que está em cima dele

Vira e mexe, eu passo uns bons perrengues por causa do paladar infantil. Desde que ganhei o gosto pela estrada, a coleção de histórias envolvendo refeições mal sucedidas pelo mundo só cresce. 

Em Paris, saí de um restaurante típico direto para um fast food, depois de fazer uma baita desfeita para um casal francês.  Já na terra de Gaudí, consegui a proeza de errar na escolha de 3 refeições em poucos dias – sendo dois pratos na mesma tentativa de jantar.  É mole?

peixe cru no mercado na espanha
Em Barcelona, disseram que o peixe era regado ao azeite, só não disseram que era totalmente cru

Se teve perrengue na Europa, você consegue imaginar o que passei ao pisar pela primeira vez na Ásia? Desembarquei à noite, faminta. Mas não consegui escolher um restaurante, mesmo com cardápio com fotos na porta, nem acertar nas compras num mercadinho perto do hotel em Bali. Agradeci por ter voado 12 horas com uma companhia low cost  e dormi exausta, depois de comer uns amendoins velhos que encontrei na bolsa. Pra completar, no dia seguinte o café da manhã arroz e um biscoitinho estranho.

café da manha em Bali
Café da manhã em Bali

Mas se teve um lugar que eu realmente embarquei com medo de não conseguir comer nada, foi a Índia. Eu nunca tive a menor atração pela comida indiana e estava tão apreensiva que levei vários pacotes de sopa instantânea. Fui surpreendida com opções “internacionais” e as sopinhas voltaram intactas para casa.

Meu maior medo era a Índia – Dessa bandeja, só comeria arroz

No fundo, as coisas nem são tão difíceis como parecem. Se você tem medo de ir a alguns destinos por não achar nada para comer, quero te tranquilizar. A gente consegue sim.  Talvez você não faça as melhores refeições da vida durante a viagem, mas sempre tem um prato para gente se virar. Um franguinho aqui, um macarrão com queijo ali, uma salada, ovos mexidos… a gente sobrevive!

macarrão com queijo
Macarrão com queijo: minha comida “indiana” favorita.

Só não dá para viajar com o dinheiro contadinho, porque a gente nunca sabe quando vai precisar pagar pelo almoço duas vezes. Nem sempre a gente acerta.

Nossas refeições podem não ser marcantes porque fomos a algum restaurante estrelado, mas tenho total certeza de que algumas delas vão virar boas histórias para contar.

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7 respostas

  1. Nossenhora, essa bonita ainda segue me surpreendendo, mesmo depois de percorrer o mundo!!!! Qdo percebi isso em Renata, achei o fim da picada esse paladar infantil, inda bem que ela tem um pacote de itens na personalidade que são tão amplos e abrangentes, nos fazem esquecer dessa limitação dela com comida.

  2. Hahahaha. Nossa, Rê, eu não tenho nem figurinha pra isso. Nunca imaginaria que você era difícil pra comer (não consigo te chamar de chata, ahahah).
    Minha filha também é muito complicada pra comer, e eu passo o maior aperto. O que salva a gente na Ásia e nas viagens e miojo ( que ela ama) e batata frita, nuggets do Mc donalds e omelete.
    Pizza ela diz que só gosta de pizza boa (hahah, não sei o que isso significa).
    Beijos

    1. Hahaha paladar infantil, paladar seletivo. Mas eu diria que é chatice mesmo. A sorte é que sua filha ainda tem uns bons anos pra chegar na idade adulta mais evoluída. rsrsrs 😀

  3. Nossa amiga te entendo… Tenho uma enorme seletividade alimentar. não como fruta, verdura legumes, camarão, comida japonesa e outras coisas estranhas kjj
    Se eu fosse principalmente pra algum país oriental, iria morrer de fome kk

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