Dia mundial do rock: Experiências de viagens para shows

Hoje, dia 13 de julho comemoramos no Brasil o dia mundial do rock. E foi apenas pesquisando informações para dividir com vocês neste post que eu descobri que essa data é comemorada apenas no Brasil como assim? Bom, ao que parece, tudo começou com um festival chamado Live Aid, que aconteceu em 13 de julho de 1985.

O festival aconteceu simultaneamente em Londres, na Inglaterra e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O evento foi organizado com o intuito de arrecadar dinheiro e suprimentos para a população carente da Etiópia e contou com bandas como The Who, Queen, Led Zeppelin, Dire Straits, Status Quo, Madonna, David Bowie, BB King, Micck Jagger, Sting, Scorpions, Phil Collins, U2, Paul McCartney, Eric Clapton e Black Sabbath.

Phil Collins tocou nos dois lugares, viajando de Londres para a Filadélfia e sugeriu que a data fosse nomeada como Dia Mundial do Rock. Parece que ele não foi muito bem sucedido na proposta e apenas algumas rádios brasileiras levaram o seu pedido a sério, passando a desde então chamar a data 13 de julho como “Dia Mundial do Rock”. O público brasileiro aceitou bem a proposta e hoje em dia a data é comemorada por casas de eventos, pubs e botecos ao redor do país.

Muitos amantes de rock sonham em assistir a shows das suas bandas preferidas, e como eu não fui pra tantos lugares assim, pedi ajuda de alguns amigos para compartilhar as experiências de viagens para shows/festivais com vocês, vem conferir!

Download Festival, Inglaterra (2013)

O Download foi o segundo festival que fomos juntos. Eu estava morando na Inglaterra e era uma das últimas semanas do Fábio por lá. Resolvemos que em um grupo de amigos, iríamos pra Escócia de carro. No dia que fomos pegar o carro na locadora, absolutamente tudo deu errado. Era uma quinta e tivemos que cancelar a viagem. Eu vou confessar que nem fiquei tão triste assim, sabia que o Download era naquele fim de semana e eu queria muito ir. Voltamos pra casa e compramos os nossos ingressos pro sábado, o melhor dia do festival pois: Iron Maiden. Após comprar os ingressos, providenciamos também as passagens de ônibus de Londres para Leicestershire, onde ocorreu o festival. Compramos o trajeto de ida e volta, mas os shows estavam programados para terminar por volta de meia noite e a passagem mais barata para Londres era as 6h da manhã – e claro que a gente escolheu essa.

Pois bem, fomos eu, o Fábio, e mais dois amigos. Ao chegarmos em Leicestershire encontramos rapidamente ônibus gratuitos que faziam o trecho Estação de ônibus – Donington Park. Chegamos no parque e ficamos empolgadíssimos com tudo! Conseguimos pegar o nosso ingresso rapidamente, quase não havia fila. E escolhemos um lugarzinho pra chamar de nosso perto de uma grade. O que nós, na maior ingenuidade (ou burrice?) do mundo esquecemos é que estávamos na Inglaterra. Fomos de casaco, mas não de casaco impermeável, e ainda por cima casaco sem gorro. Não levamos capa de chuva, não fomos de bota. O resultado? Ficamos sujos de lama até a canela. Pegamos uma chuva chata que ia e voltava. mas nos divertimos MUITO! Assistimos aos shows de Queens of the Stone Age, Alice in Chains, Motörhead e da melhor banda de todas IRON MAIDEN. Achei surpreendente que o local não era absurdamente lotado, até mesmo durante os shows conseguíamos caminhar com tranquilidade. Não tinha muita fila pra comprar bebidas e/ou comidas nem para usar o banheiro. Foi tudo maravilhoso.

Quando o show acabou, achamos que iríamos encontrar uma balada, um barzinho, ou algum lugar quentinho para ficarmos até o horário do ônibus, mas a realidade foi um pouquinho diferente. Andamos um pouco pela redondeza e não achamos nenhum lugar para ficarmos, resolvemos pegar o transporte gratuito do festival e voltar pra estação de ônibus. Lá o cenário era o mesmo: ruas escuras e desertas, frio e nenhum cantinho aberto para ficarmos. Resumindo a história a gente dormiu na rua e no frio até alguém achar um McDonalds 24h onde passamos o restinho da madrugada. Mas se você quer saber, eu não me arrependo de nada!

Paul McCartney, Brasil (2014)

A Bruna, maior fã de Beatles que eu conheço foi pro show do Paul McCartney em São Paulo e veio dividir com a gente um pouquinho da experiência dela.

O barato de ir para um show começa no anúncio da sua banda favorita e dura até o minuto que colocamos o pé em casa de volta. E morar longe do lugar que irá ser o show traz duas coisas iguais pra todos: madrugar para comprar o ingresso e madrugar para comprar passagens baratas. (Que sufoco!). Quando isso tá ok, é só aproveitar! Quem é muito fã de alguém, geralmente também faz questão de ver o ídolo de pertinho. Eu sou hiper fã do Paul McCartney e a primeira coisa que fiz ao chegar na fila do show para entrar foi (fica a dica) procurar a entrada dos carros no estádio! Deu certo. Cheguei com algumas horas de antecedência (não muitas, umas 4h antes do show começar) e fiquei plantada naquele portão. Eis que cercado de carros de polícia e etc, em um determinado momento chega o carro do Paul, e eu ali bem de pertinho ganhei um tchau!  Foi simples, mas muito significante. Ver o ídolo de perto (check). Depois disso, voltei pra fila e fui comprar uma coisa muito importante e que em todos os shows que fui, precisei (será que eu dou azar? Hahaha): capa de chuva! Ela me salvou diversas vezes. Acho importante olhar a previsão do tempo e se prevenir. Quando você entra no estádio, se for pista é bom ficar plantando em um local quando estiver próximo de começar, senão perde fácil o lugar! (minha vista no show do Bon Jovi foi perfeita!). No show do Paul eu fiquei de cadeira, adorei também, é bom que você tem a facilidade de sentar a hora que quiser sem perder sua visão do show, facilidade para se locomover caso precise ir ao banheiro e voltar logo, em pista é impossível. O show do Paul é incrível, mas a parte mais emocionante é quando soltam fogos de artifício em live and let die. Chorei. Hahah enfim, acho que vale muito a pena viajar para ver suas bandas favoritas, são dias que você guarda na memória…vocêpassa anos escutando aquele som que marcou diversos momentos da sua vida e finalmente conseguir ouvir e ver ao vivo os caras tocando é sensacional! Enfim, espero fazer isso muitas outras vezes!

Bruna Campagna.

Rockavaria Festival, Alemanha (2016)

Rockavaria Festival

O Roderick, uma das pessoas que eu conheço que mais gosta de metal, e super fã de Iron Maiden contou um pouco da sua experiência em dois festivais que ele foi esse ano: Rockavaria e Download.

O Rockavaria Festival acontece todos os anos na cidade de Munique, na Alemanha. Esse foi de fato o primeiro festival grande que fui na vida. As atrações em sua maioria são bandas de Metal. O festival durou três dias, mas por questões financeiras, acabei indo somente ao último. Nesse dia, aproveitei para ver 10 bandas, entre elas: Gojira, Anthrax, Sabaton, Slayer, Ghost, Tremonti e o Iron Maiden que fechou o festival com chave de ouro! O festival em si foi assustadoramente organizado, a única coisa que atrapalhou um pouco foi a verdadeira tempestade com raios que caiu na cidade! Sorte que eu estava com um poncho de chuva que me deixou seco. Meus pés molharam um pouco, mas como eu estava de bota, deu para aguentar numa boa! Ao redor do Estádio Olímpico de Munique, onde rolou o festival, existem pelo menos 3 estações de metrô. Mas o problema era que ambas as três estavam lotadas! Chuto que havia pelo menos 60.000 pessoas no festival. Resolvemos apelar para um táxi, já que estávamos hospedados no apartamento de uma amiga que mora perto do estádio. Mas como o evento foi em uma área afastada do centro da cidade passavam pouquíssimos táxis por ali. Após mais ou menos uns 30 minutos de espera conseguimos o táxi e chegamos sãos e salvos no apartamento. Recomendo muito o festival. A organização na fila para entrar, nos stands de merchandise, nos quiosques de comida e nos bares foi excelente. A qualidade do som e das instalações era absurda!

Download Festival, França (2016)

Duas semanas depois, fui ao Download Festival em Paris. Essa era a primeira edição do festival fora da Inglaterra. Dessa vez, comprei para os três dias. No primeiro dia tivemos Anthrax, Deftones, Ghost, e mais uma vez fechando, os Deuses do Iron Maiden (Sim, é a minha banda favorita eternamente). O festival teve alguns probleminhas. Entre eles, o uso de uma pulseira eletrônica em que você carrega com dinheiro através de um cartão de crédito, para poder consumir dentro do festival. O problema é que não avisaram que 95% das coisas no festival só poderiam ser compradas com essa bendita pulseira! Só aceitavam dinheiro no stand de merchandise. Havia um galpão com uns 10 caixas para colocar créditos nessas pulseiras, mas com milhares pessoas querendo fazer o mesmo foi complicado…Acabou que em determinado momento nos avisaram que poderíamos colocar créditos nas pulseiras pela internet. Procuramos uma rede wi-fi e conseguimos, ufa! Outro problema que tivemos foi na entrada para trocarmos os ingressos: apenas 3 guichês para uma multidão de gente! Mais ou menos 1h30 na fila, até que finalmente conseguimos entrar. No segundo dia do festival, havia poucas bandas que gostávamos. Fomos basicamente ver os shows do Amon Amarth e Saxon. O show do Amon Amarth foi impressionante, certamente entre os três melhores shows que vi na viagem! No terceiro e último dia tivemos uma verdadeira maratona: sete shows em sequência. Children of Bodom, Sabaton, Rival Sons, Volbeat, Megadeth com Kiko Loureiro (Aeeee!!) e, pra fechar o festival, o show espetacular dos malucos do Rammstein. A previsão era de chuva e choveu horrores. O festival aconteceu num hipódromo em Paris e logo o local virou um mar de lama. Mais uma vez o poncho as benditas botas me salvaram. Como era a primeira edição do festival, muita coisa precisa ser melhorada. Mas em termo de gastronomia, foi impecável. Inúmeros foodtrucks com os mais diversos tipos de comida. Outro fator muito bom é a disponibilidade de hotéis ao redor do hipódromo. Saíamos mortos do festival e em 10 minutos estávamos deitados no hotel. A prefeitura disponibilizou inúmeros ônibus e táxis para o público, além de o próprio festival ter feito um acordo com o Uber. Esse quesito foi bem melhor aqui em Paris do que na Alemanha!

Roderick Alencar.

Dicas para quem vai viajar para shows ou festivais

#1 – Festivais costumam ser em regiões um pouco afastadas do centro da cidade, pesquise com antecedência como você vai fazer a rota hospedagem-festival.

#2- Em época de festival normalmente os preços das acomodações triplicam. Até mesmo hostels ficam com preços inacessíveis. Reserve a sua com antecedência e considere ideias alternativas, como por exemplo o couchsurfing e airbnb. Você pode economizar uma nota!

#3 – Muitos festivais na Europa e nos Estados Unidos oferecem a opção de camping. Informe-se e veja se vale a pena pra você.

#4- Pesquise com antecedência sobre o local onde vai acontecer o festival; na Inglaterra por exemplo os locais costumam ficar completamente enlamaçados e é super válido usar galochas para se proteger.

#5- Informe-se como vai ser a venda de produtos no local do evento.

#6- Consulte a previsão do tempo da cidade com antecedência. Em cidades que não conheço e que costumam fazer uma temperatura mais baixa, acho super válido ir prevenida.

Você tem mais alguma dica bacana pra compartilhar com a gente? E.. Qual show vocês fariam de tudo para assistir?

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Uma resposta

  1. Meninas, vcs estão de parabéns. Jéssica me falou do blog e eu dei uma olhada rápida. Adoreiiii. Good idea!Vcs vão longe!!! Bjs

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