O primeiro natal que passei longe da minha família

Eu amo o natal. É uma época do ano tão linda, tão cheia de luzes, cores, cheiros, sabores. As pessoas ficam mais solidárias, mais gratas. As ruas ficam com mais sorrisos, a família fica mais unida. Tem como não gostar dessa sensação? Em 2012, eu estava fazendo intercâmbio na Inglaterra, e comecei a ficar deprimida quando me dei conta que seria o primeiro natal longe da minha família.

Meu primeiro natal longe da família

Estar longe da minha família durante a época do Natal realmente mexeu comigo. Eu ainda não conhecia bem os meus colegas de intercâmbio (acabei fazendo amigos incríveis durante essa jornada), e sentia falta do meu namorado, dos meus pais, dos meus amigos.

Em casa as coisas também estavam difíceis. Sou muito apegada aos meus pais e eles estavam tristes porque não estaríamos juntos nesta data. Minha mãe sequer queria decorar a casa com seus milhares de enfeites de natal e isso também acabou me afetando.

Algumas pessoas da minha faculdade haviam sido aprovadas no mesmo programa de intercâmbio que eu. No entanto, ficamos em cidades diferentes. Um pouco antes de dezembro, entramos em contato e resolvemos que passaríamos o Natal juntos para termos um gostinho de “casa”, ainda que tão longe.

Nós nos empenhamos muito para que tudo desse certo. Fizemos uma cotinha pra comprar ingredientes pra ceia, definimos os pratos com antecedência. Organizamos acomodação para todos, fomos cortar um pinheiro e uma amiga nossa até arranjou uns enfeites de Natal. Fizemos um amigo oculto.

Como viajar fortalece nossos laços com outras pessoas

Parrte da turma reunida para o Natal <3

Todos estávamos em um país diferente, a milhares de quilômetros de casa. Longe dos familiares, longe dos amigos, longe da nossa cultura e da “vida real”. Acredito que por isso, por essa vulnerabilidade que a viagem do intercâmbio trouxe, nós conseguimos nos unir tanto.

Eu não estava com a minha família, mas estava cercada de pessoas dispostas a dar o seu melhor para que tivéssemos a melhor experiência natalina possível. E tivemos. Rimos, choramos, contamos histórias, trocamos presentes, brincamos.

No natal de 2012 eu aprendi que o verdadeiro significado dessa época é a gratidão. E foi isso que eu senti. Gratidão por ter sido acolhida, por ter estreitado laços com pessoas que hoje são minhas amigas e com as quais eu mantenho a tradição do amigo oculto.

Essa viagem me deixou surpresa com o quão gentis as pessoas podem ser umas com as outras. Sem a presença destas pessoas, meu natal teria sido algo completamente diferente. No entanto, confesso, eu gosto muito da história que estou escrevendo agora.

Quanto mais eu viajo e interajo com outras pessoas, mais percebo que tenho muito a ganhar compartilhando momentos da minha vida e conhecendo gente diferente.

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