Teletrabalho e viagens: Como minha vida mudou quando entrei em “home” office

teletrabalho home office

Depois de testar o home office por algum tempo no auge da pandemia, em 1º de março deste ano tive a oportunidade de entrar em regime de teletrabalho por prazo indeterminado. Neste artigo, vou compartilhar com você o que é o trabalho remoto, como foi a minha experiência e, ainda, as principais dificuldades desse regime que me possibilitou ter uma vida mais nômade.

O que é teletrabalho ou trabalho remoto

O teletrabalho é um regime de trabalho em que o funcionário executa as suas atividades de forma remota: ou seja, sem estar presencialmente no seu local de trabalho. 

O regime se popularizou durante a pandemia, em 2020, quando as empresas tiveram que criar meios para que suas atividades não parassem. Foi o auge do home-office.

No entanto, a modalidade não é nova. Conheço pessoas que já trabalham nesse formato bem antes da pandemia.

Só que com o home office forçado que a pandemia trouxe, empresas e colaboradores experimentaram a modalidade e começaram a ver diversos benefícios.

Quais as principais vantagens do teletrabalho

Os benefícios do teletrabalho são diversos e quem me conhece bem, sabe: o trabalho remoto parece que foi feito sob medida para mim. 

Além do meu trabalho ser super compatível, eu tenho facilidade em trabalhar por horas em um computador sem interagir com ninguém (esse povo da TI, em geral, é assim). Para completar, a quebra dessa necessidade de estar na minha cidade para realizar meu trabalho traz uma possibilidade que eu sonho há alguns anos: trabalhar enquanto viajo.

E tem mais vantagens do teletrabalho do ponto de vista do colaborador:

  • Menos tempo e custo perdidos com deslocamento;
  • Menos interrupção para realizar seu trabalho (menos conversas pessoais, menos cafezinho);
  • Maior liberdade de horários, podendo realizar o trabalho no horário que for melhor, escolhendo porque se sente mais produtivo, para se adequar à rotina da família ou simplesmente para poder realizar alguma outra atividade em um horário que lhe convenha mais;
  • Maior liberdade de escolher onde morar, sem ter que levar em conta o fator trânsito, podendo em alguns casos, até optar por morar em outra cidade – ou cair na estrada;
  • Menores custos indiretos como roupas e sapatos, por exemplo;
  • Mais tempo com a família.

Já para a empresa, posso citar:

  • Economia com espaço físico e energia elétrica;
  • Maior produtividade dos funcionários;
  • Funcionários mais motivados;
  • Possibilidade de contratar profissionais mais capacitados

Quais as maiores dificuldades em trabalhar remotamente?

Nem tudo são flores. Também existem alguns desafios no regime de teletrabalho e eu pude identificar alguns nesses meus primeiros 5 meses de experiência e em conversa com amigos que também aderiram a esse regime.

  • Comunicação com os colegas de trabalho e outros setores da empresa;
  • Falta de compreensão das pessoas que não estão no mesmo regime;
  • Manter o foco e a motivação para fazer o que tem que ser feito em quaisquer condições (criança pedindo atenção, reforma em casa, etc);
  • Garantir a condição mínima dos recursos que precisa trabalhar (ex: qualidade da internet, uma mesa adequada para o trabalho, climatização);
  • Criar vínculos com outros colaboradores, especialmente se você já entra na empresa em regime de teletrabalho;
  • Diferenças de fuso horário, caso esteja fora do país.

O Teletrabalho é para todos?

Definitivamente, trabalhar em regime de home office não é para todos.

Primeiro, pela própria natureza das ocupações. Uma pessoa que trabalha em um estabelecimento físico com atendimento ao público, por exemplo, ou que tem grande interação com algum tipo de maquinário, dificilmente vai conseguir executar suas funções em regime remoto.

Além disso, algumas pessoas têm dificuldades com gerenciamento de tempo, especialmente se não tiverem uma pressão do chefe e/ou dos colegas ali perto e isso pode prejudicar muito o seu desempenho no regime de trabalho remoto. 

Por fim, pessoas que têm uma grande necessidade de socialização podem sentir dificuldades de se adaptar ao teletrabalho, já que perderão esse espaço de interação.

Como conquistar o teletrabalho

Eu vejo o teletrabalho como uma conquista pessoal, e existem dois lados a serem trabalhados para chegar lá. 

O primeiro deles é o lado pessoal mesmo: você precisa de um mínimo de organização para trabalhar de forma remota. Do outro lado, está o emprego e a empresa onde você trabalha (se você trabalha em uma).

Vamos explorar um pouco mais de cada lado. 

Organizando a vida pessoal para o teletrabalho

Se você não consegue ser produtivo trabalhando em casa, dificilmente vai conseguir se manter em regime de trabalho. Por isso, você precisa se organizar para que isso possa acontecer. 

Veja algumas ideias de como organizar sua vida pessoal para ficar compatível com teletrabalho.

  • Tenha um espaço apropriado de trabalho (pode ser um escritório ou simplesmente uma boa mesa);
  • Se tiver filhos pequenos, tenha alguém para ajudar ou proporcione atividades fora de casa para que você tenha tranquilidade para trabalhar;
  • Aprenda sobre gerenciamento de tempo e organização pessoal. Você precisa organizar seus blocos de trabalho, ou seja, em quais horários irá trabalhar. Isso não quer dizer que eles precisam ser fixos, se a empresa não exigir, porém você deve ter um planejamento.

Transformando seu emprego em trabalho em remoto

Agora que você está apto, é hora de pensar: posso exercer meu trabalho atual em regime de teletrabalho? A minha empresa já aderiu a esse regime?

Se ainda não parece algo tão simples, aqui tem alguns caminhos a seguir

  • Seu chefe não é favorável? Proponha um período de teste sem compromisso em regime de teletrabalho (e seja muito produtivo nele)
  • Se suas atividades na empresa não são compatíveis, tente ser realocado na própria empresa;
  • Se a sua profissão não é compatível com o teletrabalho, pense em como mudar seu foco – você pode ensinar algo da sua área, por exemplo, ou até mesmo buscar uma transição mais radical de carreira;
  • Se sua empresa já deixou claro ser anti-teletrabalho, pense na possibilidade de buscar outras empresas;
  • Se nada der certo, que tal começar seu próprio negócio e fazer suas regras?

Dá para ser nômade digital e viver viajando com o teletrabalho?

Um dos principais motivos de eu ter tanto sonhado com o trabalho remoto foi poder conquistar a liberdade geográfica, ou seja, poder viajar sem necessariamente precisar me limitar às minhas férias.

E no meu teste piloto, funcionou muito bem. 

Eu lembro bem da primeira entrega que fiz em teletrabalho. Logo nos meus primeiros dias, eu estava nos Estados Unidos, usando um computador emprestado de uma amiga, e ainda assim concluí uma entrega que eu vinha adiando há meses, porque nunca conseguia concluir no trabalho presencial, em meio a tantas interrupções.

Nos primeiros 5 meses desde que entrei nesse regime por tempo indeterminado, passei pelo menos 4 fora de casa, sendo que quase 3 foram fora do país. Meu chefe sabia que eu não estava na cidade, mas acho que nunca soube que eu fiz reuniões às 6h da manhã por causa do fuso horário. Ele nunca soube pelo simples fato de que eu estar distante nunca impactou minhas atividades.

Cumpri todas as minhas metas, minhas entregas. Trabalhei de casa, cafés, aeroporto, no avião, sala Vip, restaurantes… Trabalhei de cidades com estrutura, como Nova York, e de lugares remotos, como Atins. E estive em todas as reuniões no horário agendado – e por incrível que pareça, o dia que tive problemas com internet durante uma reunião, foi exatamente enquanto estava na minha cidade.

As viagens nunca atrapalharam a minha produtividade. Porém talvez a minha produtividade tenha impactado sim as minhas viagens e em alguns momentos não visitei todos os lugares que gostaria.

Esse post faz parte do projeto Blog Every Day August, BEDA. Um desafio de postar no blog todos dias do mês de agosto. Leia mais sobre esse desafio no post de abertura. E confira também o índice com todos os posts já publicados do nosso BEDA 2022!

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